Desvendar-me. Abrir janelas e portas... José Henrique Boia dos...
Desvendar-me.
Abrir janelas e portas do meu ser
Ver a luz que se esconde dentre as frestas de min'alma.
Abordar-me em uma das esquinas que a cada dia evito.
Renovar o ar que me segue sem respirar.
Rosas devem ser levadas e entregues.
Um novo e entusiasmante perfume ao corpo.
Deixar fluir a vida trancada em pensamentos fúteis.
Embebecido aos goles de uma sobriedade maldita.
Ser meu jardim feliz e cultivar as rosas que devo eu entregar.
Alimentar meu viver das piadas de botequim.
Deixar que o bom vinho sente-se a minha mesa novamente.
Que sente-se quem quiser, sempre .
E sente-se sempre.
Sendo o novo, sorriso alarmante e espalhado a uma platéia qualquer.
Mudanças da falta de hábitos e hábitat.
O que é deixará de ser para sempre.
Desvendando-me para eternidade do amor ,
Buscando não a felicidade eterna, mas a do abrir dos olhos de cada dia a se viver.
Que seja vivido de portas e janelas abertas ou sem elas.
Na coragem do coração que retorna
Que seja,
Que seja desvendado,
Que seja !
José Henrique