⁠Quando em um só... Deito-me agora... José Henrique Boia dos...

⁠Quando em um só...


Deito-me agora para contigo sonhar.
Desejando acordar e a teu lado estar.
Que a noite não me faça chorar,
Que seja longa em sua mansidão.
Que seja longa ao sonho que durar.
A lua de minha janela conhece meus pensamentos,
É testemunha de minha saudade.
Não derramo lágrimas ao dia,
Para que não percebam minha dor,
Tudo bem,...deve estar tudo bem... .
Escondo em meu silêncio o desejo mais fiel.
Ainda espero a vida em meu viver.
Sobrevivo nas palavras que jogo aos ventos,
E me acalmo na rebeldia de um mar revolto.
É que a solidão me espera para caminhar,
E no calçadão desta minha vida,
Abraço a esperança de casais na contramão.
Vejo lábios que se tocam sem distância que os impeça,
Mãos dadas e sorrisos, carinhos e companhia.
Um feira de diversidades do amor.
O amor de sempre de todo sempre.
Aquele que te faz sorrir, que te faz chorar,
Que faz a guerra e que traz paz.
O feitiço de um poeta solitário,
A magia do alquimista,
O namastê de um abraço teu.
O poema perfeito, a poesia do universo.
Tem o poder da dor e da cura,
Que as mistura como a química de duas peles,
Que tem o calor de uma chama,
Que tem fogo sem chamas,
Que é teu e meu,
Que as vezes é só meu e seu,
Que não se conduz,
Tem luz própria,
Que quando nós,
Somos apenas um.


José Henrique