A noite O sol havia recuado. Se... Geovanna Silveira
A noite
O sol havia recuado. Se escondido.
Fugiu da noite com receio de não ser a única especial
Se despedia com um lindo rastro de cores que pintavam a tela.
E as estrelas portanto, uma a uma começava a aparecer
E a noite bordava as estrelas no céu com medo de serem apagadas
Esquecidas pela manhã
De não serem notadas
Pela ignorância humana.
Cada uma brilhava como se fosse o próprio sol
Encantando o céu
Se apaixonando pela lua
A excêntrica luz do luar
Esta iluminando as suas ruas empoeiradas e solitárias
Enquanto que os corpos celestes tocavam como um piano
Numa canção de cigarras e animais noturnos
Ao encontrar as estrelas no chão, de terem caído do céu
Queriam experimentar a sensação de escutar a noite cantar sozinha.
Permitindo que ela tocasse a harpa da vida
Enquanto ainda havia tempo
Para pensar, para sonhar, para lembrar
Que a noite não pode cantar sozinha.
Que a vida se deve a chances.
Que os sonhos podem ser conquistados.
Que as pessoas mudam.
Que o abismo da humanidade está na verdade em sua mente.
Responsável por viver, sonhar, mudar
A noite merece ser lembrada
E enquanto houver noite, haverá sonhos.