Qual foi? Eu tenho cara de adivinho?... Luís Batista
Qual foi? Eu tenho cara de adivinho?
Só depois de tudo você vem me falar isso?
E parece, agora, tanto tempo depôs que a culpa é minha pelo visto.
Mesmo sem saber o motivo me desculpo, pois não me ensinaram a usar o sexto sentido.
Se tiver bom, fala!
Se não tá bom, fala!
Tá insegura? Fala!
Não gostou? Fala!
Gostou? Fala!
Eu não sei se você não me disser.
O óbvio tem que ser dito.
Só não encontrei, em minhas lembranças, o momento em que eu te dei motivo.
Pra você não acreditar, pra você não confiar em mim.
Você nunca me mostrou ser capaz de tudo por mim. Você só me mostrou ser capaz de não dizer o que sentia.
Isso não me quebrou no passado, mas me quebra agora.
Quem diria que a sua versão da história seria essa?
“Desacreditável” - é tipo c jura mesmo?
Com que cara e porque você diz a uma pessoa que a ama?
Sendo que você é incapaz de amar uma pessoa e parar de chorar pra lutar por ela?
Como você chama essa pessoa de seu mundo?
Por que?
Por que você quer tanto uma coisa que nem quer?
Não venha me dizer que foi capaz de tudo por mim.
Na verdade foi mimada.
Como quem olha um objeto na vitrine e diz com ganância: Isso é a minha cara!
Se esquece que o número tá pequeno de mais, e não serve.
Mesmo assim investe, sem medo de ferir.
No fim das contas fez um descarte rápido, decidido.
Não serve! E você só me serviu de inspiração.