Agora vou mudar a agulha do meu... José Estêvão
Agora vou mudar a agulha do meu pensamento para outras direções que são puxadas por mim, vindas do meu pensamento, estando bem satisfeito com o meu cérebro, apesar de velho continua ativo e mais sabedor e com mais vontade de arquivar mais sabedoria, mas muitos pensamentos que tenho quando me deito ficam no outro dia esquecidos, com a preguiça de não me levantar da cama para os escrever, mas também não posso escrever tudo o que penso, mas sim apenas aquilo que eu acho que não devo perder e gravo no papel ou no meu computador, para recordar mais tarde ou para ficar para os meus para além de mim.
Felizmente ainda não perdi a vontade de escrever, de pintar, de ler e de ter outras criatividades, ações que despertam os meus neurónios para continuar a fazer o que gosto e que me dá ânimo de viver. A reforma é uma paragem definitiva do que estamos habituados a fazer todos os dias, para termos a vida com que sonhamos, mas nem sempre se consegue. Por isso mesmo, quando me reformei já tinha tudo preparado com antecedência para dar continuidade ao trabalho por conta própria e ainda aqui estou seguindo em liberdade, sem horários a cumprir e sem ordens a receber, mas como não quero parar vou continuando a fazer o que gosto e ao mesmo tempo dedicando a dar continuidade continuar a aprender e com tudo aquilo que aprendi, sempre ganho mais qualquer coisa para fazer férias de vez em quando que nunca fiz quando trabalhava. Vou usando o meu futuro e guardando o meu passado que nunca o poderei esquecer, serve-me de muito da sabedoria que ganhei para ir seguindo em frente, atualizando-me sobre a evolução que no mundo vai aparecendo, para que a ignorância não tome conta de mim na totalidade. A força de vontade de continuar a trabalhar e aprender nunca quero perder enquanto a minha mente estiver saudável. De vez em quando penso que se um dia a minha mente se for abaixo, não preciso do meu corpo para nada, prefiro morrer, mas não sou eu que mando e eu não quero ser um estorvo para ninguém, ficando dependente de outros. Se deixar de pensar, vivo, mas já não sou eu, sou um corpo sem fim lucrativo e assim sendo, como já não sei quem sou nem sei o que faço aqui, o melhor processo é deixar de respirar e assim acaba tudo, dando lugar aos mais novos, pois eu já vivi e já desempenhei o meu papel, mas ainda me sinto útil para a sociedade humana, mas o Estado é que não deve gostar muito, porque quando mais vivem os velhos mais dinheiro gastam com eles, sem retribuição, são um peso morto para a economia, mas ninguém é eterno , todos passamos pelo mesmo.