Quanto mãe-d’água cuidou de mim,... Keven Dwara
Quanto mãe-d’água cuidou de mim, deu-me de viver durante várias estações
Nas doces manhãs de primavera vislumbrava a afabilidade da melanina de seus olhos negros, florescer de seus cachos e maciez de sua tez
Endireitava e carinhava-me a careca no êxtase das longas tardes quentes
Acompanhava-me ao lago todos fiéis dias de outono; folhas caiam, frutos renasciam e em corolário continuava a mais bela das criações de Deus
Enfim, na senilidade das noites frias embrulhava-me incomensuravelmente em seus braços como uma lisonjeada encomenda.