A CRÍTICA PODE SER CONSTRUTIVA... Márcio de Mederios Lima
A CRÍTICA PODE SER CONSTRUTIVA
Fala-se mal de políticos, pastores, cientistas, médicos e pessoas em geral, mas será que olhamos para nós mesmos, para efetuar um exame crítico e introspectivo?.
A crítica construtiva, inteligente e bem elaborada, é importante e é um sólido pilar para o desenvolvimento de um pensamento inteligente, reflexivo e construtivo. Muito fala-se na TV sobre “ o país que eu quero”, observa-se várias pessoas bombardeando políticos com críticas e desabafos, mas é bom salientar que os políticos saem do meio do povo, e o povo tem a sua parcela de culpa, todos nós somos culpados, ou por ação ou por omissão, todos tem a sua parcela, e todos contribuem direta ou indiretamente para o sucesso ou fracasso da sua vida, família, sociedade e do mundo.
O indivíduo é parte integrante de uma sociedade miscigenada, por etnias, culturas, crenças, filosofias, ideologias, tradições e religiões diferentes. Agimos e pensamos da maneira que fomos doutrinados por nossos pais, professores, avós, líderes religiosos, pelas ideologias que aprendemos na TV, jornal, filmes, desenhos, com nossos colegas da rua e da escola, enfim somos influenciados pelo meio em que vivemos, pelo livro que lemos, por aquilo que falam para nós.
O ser humano precisa ter senso crítico, ter um espírito questionador, reflexivo, que tem que ser inquiridor, pesquisador e um amante incansável do conhecimento e do desenvolvimento de suas ideias, o mesmo tem que lutar incansavelmente pelo aprimoramento de seu caráter, das suas virtudes, valores e conceitos que tem de si mesmo e das pessoas ao seu redor.
Pode-se citar, alguns exemplos de contribuição negativa, e que são altamente nocivas à sociedade: Quando alguém compra uma mercadoria baratinha e sem nota fiscal, quando joga lixo na rua, quando compra fiado e não paga, quando não devolve as ferramentas que pediu emprestado, quando sonega imposto, julga sem analisar antes os fatos, quando compartilha informações na internet e nem investiga se é verídica, pode-se citar ainda: “dar o jeitinho brasileiro’ para resolver as coisas, mentiras, farsas e enganos para se dar bem e querer levar vantagem em tudo, vender o seu voto, ficar alienado através de futebol, novelas, big brothers e outros programas e deixando o conhecimento de lado. Um povo alienado é facilmente manipulado, é feito de “gado”, vira massa de manobra nas mãos dos mais inteligentes e aproveitadores. Todos sem exceção contribuímos ou um dia já contribuímos desta forma.Os políticos tem as suas falhas, é claro, mas e o “povão”, muitos cometem as suas ilegalidades e as mesmas muitas vezes permanecem nas sombras, amortecidas ou esquecidas, “passa batido”.
Por isso, deve-se zelar por uma ferrenha autocrítica, um exame introspectivo, sincero, profundo e incansável, a autocrítica deve ser constante, diária, gradativa e futura, deve durar até a sua morte. Como já foi dito, a crítica construtiva é um fator preponderante para a reflexão e para o progresso da sociedade, porém como temos feito tudo isto? será que fazemos?, ou será que apenas criticamos assassinos, políticos e outros que cometem crimes hediondos ou de alto potencial ofensivo?.
Existem muitos críticos de terceiros, que estão de plantão na T.V, no jornal, nas praças, faculdades, escolas, igrejas, e em outros lugares de destaque, mas temos poucos críticos de si mesmos, quem critica tem este direito, mas o mesmo deve ser criticado também, a sociedade está cheia de pessoas que arrumam um grupo seleto para explodir e destruir com as suas críticas, pode-se citar: políticos, pastores, filósofos..., mas a lista se resume em um pequeno grupo, em algumas classes de pessoas, estas pessoas tem que estar na mídia para serem criticadas, em seus lugares de destaque?
Claro que a resposta você conhece, você pode criticar este esse artigo, porém, peço que antes faça a sua autocrítica, você pode e deve criticar os políticos e pastores por exemplo, mas antes sugiro que faça o seu exame introspectivo. Os erros, exageros, mentiras, omissões, enganos, crimes seja de ordem política, econômica, patrimonial ou social, estão em toda a parte. Uns com o seu maior e outros com o seu menor potencial ofensivo.
Eu estou fazendo a minha autocrítica, faça a sua!