Quando eu não mais existir Irás... Nicodemos David Pinto
Quando eu não mais existir
Irás sentir-me nas noites de felicidade,
Serei o teu sorriso, tua ternura e
Poderei também ser o teu pranto.
Deixarei nas lagrimas de teus olhos,
a lembranças de cada momento em que do teu lado partilhei o Ceu, o sol, a lua e sem esquecer as estrelas contadas uma a uma;
Quando eu não mais existir
Sentirás na pelé, a falta da subtileza dos meus toques introvertidos, numa direção aparentemente simplória, na cobertura dos teus desejos mais abscônditos;
Estarei nas noites escuras,
iluminando os teus passos, numa dança romântica sem precedentes;
Estarei nos teus anseios, gemido malandro no transpirar do guerreiro mudo e surdo, uivando feito lobo no desfrute do teu fruto proibido,
Estarei nos beijos que te derem.
Quando eu já não existir
Existirá o meu amor ardente nas estrelas
Suspirando na no romper da aurora.
Quando eu não mais existir
Haverá um barco
Onde verás o semelhante sorriso
E a pequena boca dizer;
Eu te amo
Quando eu já não existir
Procure-me dentro de si mesmo
Nas tatuagens cravadas na superfície do teu coração e então saberás que sou teu para no pós morte.