No calor da tarde, Um simples abraço... Bruno Cupchinski Zinhani
No calor da tarde,
Um simples abraço -
Sinal covarde.
Virou amasso.
Perdurou por dias,
aquela Paixão (ardente).
Acabou-se porque vias:
o final era pendente
Como um emaranhado -
tão difícil para ser arrumado
(Se faz).
Como apenas um fio
(Se desfaz).
Sente que se vai;
não se vê quando vem
Grito!
Ó paixão!
Preferiria a solidão...
Não fosse tão difícil seguir a razão.
Silêncio; Pensamento
Amor te quero!
Mas ninguém quer me dar-te.
Me desespero.
Procuro pelo abate.
Abate da solitude.
Um fim sem finitude.
Arrasado...
Em busca do parado,
Pela noite acordado.
No amor marcado;
Encontra-se um agrado
Amor onde te acho?
Na rua,
Dentro de um carro,
Sob a luz da lua,
Ou no meio do riacho?
Pensamentos desvairados
Seguem o passado.
Daquilo que já foi,
Áquilo que há tentado.
Indignado,
Coração sem rumo
segue o traçado.
Quem sabe o luto
Te deixa paralisado.