⁠ONDE O CERRADO MORA Uma secura à... Luciano Spagnol - poeta do...

⁠ONDE O CERRADO MORA Uma secura à beira de um barranco
No entorno: ipês, buritis, e o pequi
Por todo lado o agigantado céu rubi
No horizonte, um devaneio franco... Frase de Luciano Spagnol - poeta do cerrado.

⁠ONDE O CERRADO MORA

Uma secura à beira de um barranco
No entorno: ipês, buritis, e o pequi
Por todo lado o agigantado céu rubi
No horizonte, um devaneio franco

O dia acorda na alva, num só tranco
Onde ouve o canto da brejeira juriti
E o passeio do solitário macho quati
Ali, alvoraçando a vida num arranco

À tardinha, em romaria, o regresso
A melancolia deitada na rede, espera
O entardecer mais bonito, confesso!

Se crês na quimera, ela existe, porém:
É no torto do cerrado de falsa tapera
Onde mora, que há encanto também!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18/08/2020, 15’17” – Triângulo Mineiro