Nem todos os problemas do coração... Marcial Salaverry

Nem todos os problemas do coração podem ser resolvidos
pelo cardiologista, pois alguns são provocados por um
moleque abusado chamado CUPIDO, e que podem realmente
atrapalhar a vida, sem esquecer de que o emocional pode pregar
certas surpresas para o coração, provocadas por problemas estranhos...
Ósculos e amplexos,
Marcial

EMOCIONAL PODE CAUSAR PROBLEMAS DO CORAÇÃO
Marcial Salaverry

Quando alguém diz estar com problemas no coração, recomendamos consultar um cardiologista. Contudo, nem sempre é esse o especialista indicado. São casos um pouco mais específicos, envolvendo sentimentos, e nesse caso, um cardiologista certamente não vai resolver, e poderá até complicar, pois o problema pode ser realmente problemático, podendo ser provocado por coisas estranhas vindas de longe...

Por vezes é aquele tipo de "mal do coração" que não é físico. É interno, quando um coração é maltratado por um amor não correspondido, ou quando é vitimado por algum desgosto muito grande. Doença por vezes grave, que afeta a chamada "vontade de viver" do paciente. São coisas que acontecem, deixando os pacientes sempre muito impacientes, e podem causar danos sérios, pois podem afetar até mesmo o apetite de suas "vítimas..."

Quem poderia ser consultado para esse tipo de doença? Costuma-se localizá-la no coração, pois é lá que muitas vezes sente-se doer. Só que ele depende de comandos do cérebro. E esse então, é muito menos conhecido do que o coração. A ciência ainda não chegou a desvendar 10% do potencial do cérebro. Daí tantas surpresas nesse sentido, que geralmente são de solução complicada, pregando peças como essa, que nos levam a situações que nos parecem autenticos "becos sem saída".

A única maneira que conheço de enfrentar, vencer e sobreviver a esse tipo de situação, vem de uma frase de meu velho amigo L'Inconnu, que chegou de férias:
"Há duas coisas certas: o nascimento e a morte. O que importa é desfrutar o intervalo."

Assim sendo, o interessante a fazer será tratar de desfrutar esse intervalo, procurando viver o dia de hoje plenamente, feliz, despreocupado, alegre, em paz, e assim, diante dessa constatação indiscutível, percebo que esse intervalo é que determina o prazo de cada um. O bom é que não sabemos qual será o nosso prazo, e até quando poderemos aproveitá-lo.

Por vezes entra-se numa fase de grande depressão, podendo ser difícil descobrir a causa, e para dela sair, é preciso entender que o mais sábio será viver todos os nossos dias com a consciência de que pode ser o último, e sendo assim, tudo passa a ter um valor relativo, eis que a consciência de que tudo terá um fim, pode fazer entender que até os nossos sofrimentos deixam de ter a mesma importância. Quantas palavras não ditas, quantas atitudes postergadas, quantos sonhos poderão não ter oportunidade de se concretizar porque deixamos para depois e a Fé é um dos caminhos que pode trazer os melhores resultados.

Na verdade o importante é vivermos o presente, procurando colocar ordem nos pensamentos, deixando de lado dores passadas. Se são dores, se nos provocam traumas, se deixaram mágoas, de que nos vale recordá-las? O melhor será olvidá-las, e continuar a vida dentro de um ritmo o mais normal e rotineiro possível, ajudando assim, que o tempo nos ajude a deletá-las totalmente de nossa memória.

Poderão argumentar que não é fácil esquecer certas passagens da vida que deixaram marcas profundas, e realmente não é, uma vez que se fosse fácil, a vida não teria graça. Temos justamente é que aprender a vencer as vicissitudes da vida, a superar as dificuldades, pois a vida continua. Temos que tornar agradável para nós o espaço de tempo entre o nascimento e a morte.
Imponderáveis são essas duas extremidades. A maneira como vivermos, vai depender de nossa vontade. Sabendo evitar vícios perigosos (e também os nem tanto), e aprendendo a comandar nossas idéias, conseguiremos desfrutar os bons momentos que a vida pode nos propiciar, se soubermos vive-la adequadamente, procurando sempre controlar nosso emocional...

Maus momentos, sofrimentos, amores perdidos, desgostos sofridos que fazem parte do passado, devem ser deletados, e substituídos por bons momentos que podemos ter no presente e talvez no futuro, que também não deve ser objeto de muita preocupação, pois talvez não tenhamos tempo de vivê-lo. E estaremos perdendo nosso presente, que é o maior presente que o Amigão nos oferece...

O que não vale a pena mesmo, é atrapalhar o momento atual devido mazelas do passado, ainda mais se houve sofrimento, se houve dor, e esse é um motivo a mais para ser esquecido. Remoer sofrimentos é masoquismo. Se um amor foi perdido, é porque não o tivemos. Amores não se perdem. Se ele se foi, é porque não era Amor. Então deve ser esquecido.

Esquecer pode não ser fácil, mas é possível. Só depende de realmente queremos viver o presente, e aprendermos a governar o pedacinho do cérebro que cuida da pasta "memória". Então vamos ter um LINDO DIA, aproveitando o presente que é o presente que estamos recebendo de presente, procurando pensar o menos possível em problemas cuja solução independe de nosso conhecimento, apenas tomando os devidos cuidados preventivos para evitá-los ou minimizar seus efeitos...