Qual é o peso de um sonho? Qual é o... Antonio Lima
Qual é o peso de um sonho?
Qual é o custo de uma escolha?
Durante a minha jornada, não raras são as vezes em que me perco no caminho, várias são os momentos em que me pergunto se realmente vale a pena lutar por um sonho, se vale a pena passar a vida "fora da caixa" correndo na contra mão do cômodo.
Sofrendo criticas, com insônia , dores de cabeça, cobranças, falta de compreensão, injustiças, altos e baixos dignas da Kingda ka, erros graves, falta de experiências, concorrência desleal, cobrança de propinas, falta de comprometimento, altos impostos.
Onde é a bifurcação que devemos pegar para retornar ao sonho do emprego registrado, do vale refeição e do convênio médico.
Trabalho de 8 horas, décimo terceiro e férias, feriados prolongado e PLR.
Até onde e como devemos encarar um fracasso, uma desistência, um ponto final.
Como identificar que já não dá mais , que definitivamente Deus não tem este propósito em nossa vida.
Quando deve ser imposto o limite a nós mesmos de desistir?
Como saber identificar que este sonho não vem de Deus para nós, como aceitar sem enlouquecer que devemos nos acovardar, que devemos aceitar que somos incompetentes para a tarefa de empresariar.
Como aceitar que não somos capazes de lidar com as incertezas que o cargo de sermos nossos próprio chefes nos imputa.
Definitivamente a 07 anos me pergunto isso, desde os meus 12 anos de idade empreendo neste senário.
Sempre vivi o incerto, sempre possui uma indômita vontade de vencer na adversidade, nunca desanimei por mais de alguns longos dias em branco.
Nunca me senti derrotado, até por que as condições do meio nunca me foram favoráveis, minha evolução é paulatina mas a minha queda é repentina e lépida.
Sinceramente já não sei onde se encontra a linha tênue entre a resiliência e a covardia.
Já não consigo mais acreditar que resiliência não tenha o mesmo significado de burrice.
Já não consigo acreditar que seja possível ser diferente, que seja possível não andar no mesmo sentido.
Minhas orações tem encontrado em minha falta de fé um bom motivo que sirva de questionamento a cerca da capacidade divina da superação e da persistência, da capacidade de identificar a diferença entre um plano e uma sentença divina.
Definitivamente minhas motivações não vem dos meus resultados, não vem das minhas crenças e muito menos do meio em que estou inserido.
Meus sonhos vem da minha capacidade de acreditar que ainda que pareça impossível, ainda que todas as estatísticas estejam desfavoráveis , aínda que meus erros me maltratem e que minhas escolhas evidenciem minha inexperiência,eu não sei desistir eu não sei abandonar ou mudar a rota , não consigo retroceder.
Minha motivação não se vê em livros ou em pessoas comuns com sonhos possíveis , tão pouco em fórmulas baratas vendidas a poucos cruzeiros, não se baseiam em referências bibliográficas ou estereótipos personificados.
Não sei ser cópia , também não sei seguir o exemplo, muito menos os moldes adequados, eu sou intenso, desapegado e constante, ainda que retrogrado.
Eu nunca serei uma referência, um modelo, eu não tenho está pretensão e não faz parte dos meus planos.
Eu só sei que chegarei no final disso tudo, com uma enorme bagagem , alguns longos textos e muitos momentos, terei boas lembranças e algum resultado.
Após está reflexão, me pergunto se realmente não é isso que move um sonhador, a insegurança, a incerteza a superação do medo, o recomeço, a revolta e a fé.
A imaginação de algo intangível aos próprios olhos, sim, a imaginação do intangível até mesmo a nós.