Gritos da alma De maneira profana e... Bárbara Melo
Gritos da alma
De maneira profana e ardilosa agora meu espírito clama
Não se sabe ao certo o que ele deseja, mas eu choro
Choro desconsoladamente, o choro dos não compreendidos
Sofro por está colhendo os frutos amargos da minha pior colheita
Onde estarão aquelas mãos que sempre me confortam
Onde posso encontrar o abraço do consolador de outrora
Sinto-me tão só, tão perdida, desprovida de sonhos e esperanças
Seria eu agora incapaz de reerguer-me, de superar com sempre fiz?
Por onde vaga meu espírito que agora perde-se de mim?
O que pensar agora, se estou a vagar, prisioneira de meus próprios medos?
Como posso eu agora ser liberta da escuridão que me invade?
Minha mente escureceu-se, minh’alma gélida, meu espírito...
Seria a morte em mim, nesta sensação de terror que me domina?
Oh, minha paz....! Dói não sentir mais a brisa no rosto!
Os suspiros cada vez mais distantes, mais ausentes, só silêncio
Um silêncio que não traz paz, um siLêncio de terrível desespero
É este o silêncio que trago dentro de mim agora, desalador
Quero ainda gritar, mas nada consigo, nada consigo sussurrar
Que pavor terrível! Que angústia! Deus! Eu consigo pensar...
Deus! Eu clamo a Tua misericórdia... é o que penso agora...
Um toque suave... o ar entra em meus pulmões, alívio!
Sinto uma brisa a me tocar, uma boa sensação me invade
Respiração profunda e suave, um sussurro: _você esta viva!
Sinto-me outra vez, meu espírito voltou e eu estou bem.