Linhas Invisíveis Estou devastada,... Ana Oliva
Linhas Invisíveis
Estou devastada, sozinha
Com lágrimas que banham minhas faces
Num fluxo intenso
Meu coração dilacerado
Se recusa a voltar a juntar os pedaços
Tudo que ele pede
É um pouco de amor
Ainda que à distância
Ele precisa do calor do outro
Para fechar a fenda que está aberta há muito tempo
Desde o dia em que o abandonaram
Linhas invisíveis são imaginadas
São fios que atravessam os kilômetros
Que me separam de ti
São a esperança de que podemos ser plural
Depois de tanto tempo vivendo num eterno singular
Quem sabe essas mesmas linhas
Levem meu carinho e consideração por você
Para que tenha sempre em mente
O quanto foi amado por mim
Já que esta prova vinda de você
Pode tardar a chegar
E talvez eu não esteja mais aqui
Respirando o mesmo ar que você.