POLÍTICA OU PAIXÕES? Olá, amigos... NILO DEYSON MONTEIRO...

POLÍTICA OU PAIXÕES ?

Olá, amigos leitores e prezados amigos de rede. Por gentileza, leiam com atenção!!!
Sempre terei meu modo de pensar política, entretanto, vou sempre defender o direito da outra de falar o que pensa.
Infelizmente muitos se perdem em suas paixões ideológicas e não sabem respeitar o outro lado. Estamos em um país laico e democrático, no entanto, falta equilíbrio e bom senso por parte de alguns militantes.
Tenho visto muitos debates serem travados sobre quem teria dividido o Brasil, o governo ou a oposição. Um debate, na minha opinião, inútil porque basta analisar séculos da nossa história para perceber que o país nunca foi homogêneo, em deveres ou direitos. E que mesmo o que se convencionou chamar de “identidade brasileira" é algo em discussão e construção, porque temos tantas coisas que nos separam quanto aquelas que nos unem. O fato novo é que, de uns tempos para cá, o debate sobre essas diferenças passou a acontecer à luz do dia ou abertamente nas redes sociais.
Como já disse em outras ocasiões e falei sobre isso com algumas figuras políticas aqui da cidade, acho muito bom que os posicionamentos e insatisfações estejam escancarados. Porque tapar uma ferida com um bom curativo não basta para ela curar. Ela precisa ser analisada, limpa e tratada. E isso vai demandar muito diálogo e paciência, de todos os lados. Pois é democrático discordar do posicionamento do outro. O que não é democrático é querer o fim das pessoas que pregam certos posicionamento.
[...] mais do que um sentimento de estar construindo um mundo novo, coletivamente, muitos se juntam guiados pela sensação de conforto trazida pelo sentimento de pertencimento a um grupo. E esse grupo se define, não raro, não pela aceitação das propostas políticas de um grupo, mas por identidade reativa ao outro, que é considerado inimigo e não adversário.
Ou seja, juntam-se pelo ódio à outra proposta e não pela certeza de que a sua proposta é melhor.
As torcidas políticas abandonam a razão muito antes que o povo das organizadas de times de futebol. Apesar de muitas organizadas de futebol estarem envolvidas em atos de barbárie e selvageria, seus componentes ao menos sabem quando o seu time dá vexame e quando manda bem, protestam contra os dirigentes, vaiam a própria esquadra, reconhecem jogadas de craque do adversário.
O que sai da boca dos líderes de qualquer grupo não deveria ser considerado como Verdade Suprema com cheiro de lavanda e toques de baunilha de Madagascar por seus seguidores. Da mesma forma que também a fala do adversário não deveria ser considerada como a mais completa carniça pútrida e fétida, infestada de vermes e baratas. Mas não é assim que muita gente age, adotando ares de seita fundamentalista.
Política é bom e é sensacional que as pessoas estejam vivendo, fazendo e respirando política. Mas, como já disse aqui durante aquela zorra em que se transformaram as eleições do ano passado, fazer política significa também estômago forte e alma tranquila, considerando que está em jogo a forma pela qual achamos que o país deve ser conduzido.
Ou seja, em tese, o seu interlocutor – seja ele um avatar estranho teclando loucamente em uma rede social ou o seu melhor amigo lançando perdigotos em um debate acalorado – não é seu inimigo. Ele está no mesmo barco e, também em tese (ok, pelo menos em tese), compartilha com você um mesmo objetivo comum: uma vida melhor. Isso não vale para trolls e haters, é claro.
Há pessoas que parecem não aceitar serem questionadas. Talvez para afastar os medos e inseguranças sobre suas próprias crenças. Acredito que meu ponto de vista está correto. E defendo-o de corpo e alma. Mas sei que isso não faz dele o único. Uma outra pessoa pode defender que a forma mais correta de acabar com a fome, a violência, as guerras, a injustiça seja por outro caminho. Já encontrei respostas para indagações pessoais em pessoas que escrevem sob um ponto de vista totalmente diferente do meu.
Sinceramente, você só tem amigos que concordam com você? Talvez você não saiba, mas você é uma pessoa pobre. Pois negar o convívio com a diferença empobrece nossa percepção do mundo.
Sei que é duro acreditar nisso neste momento de crise política, econômica e social. E, pior: com profissionais nas redes sociais, de um lado e de outro, distribuindo granadas à população para que entre em uma guerra fratricida. Sugiro que busquem a tolerância no diálogo, mesmo que firme e duro, e se perguntem se acham que estão certos a todo o momento, uma vez que nossa natureza não seja de certezas e sim de dúvidas e falhas que só poderão ser melhor percebidas no tempo histórico. Eu sempre defenderei o diálogo de uma forma educada, como meio de solucionar questões difíceis nas tomadas de decisão, e sempre com base no conhecimento, pois acredito que é possível formar pensamentos construtivos para serem aplicicados pelos nossos representantes na política, assim podemos cogitar um Brasil livre do atraso das paixões ideológicas. Trabalhamos assim, na defesa dos bons costumes e da família, no empreendedorismo e no desenvolvimento da pessoa humana, assim como acreditamos que a educação e a cultura podem contribuir muito para melhorar as relações entre todos os segmentos e ideologias. " penso tudo isso, eu Deyson". Enfim, como político que sou, tenho meu modo de ver o mundo político, contudo, defenderei até a morte o seu direito de se expressar, claro, de forma educada e equilibrada no sentido da construção do pensamento e das ideias que possam solucionar problemas complexos na organização da sociedade no todo.

Nilo Deyson Monteiro Pessanha