Mente delicada mente Vivi do amor o seu... Isolda L. A. Tavares
Mente delicada mente
Vivi do amor o seu ápice.
Fiz loucuras, me lambuzei dos prazeres da carne.
A mim, nunca importou reciprocidade.
Aprendi cedo que amar é doar.
E me doei.
Como uma cadela no cio,
Como a mais ardente e incandescente estrela que sabe da queda só depois de seu ciclo vencido.
Não caí...não. Ainda não caí.
Continuo.
Certa de que, enquanto corre na veia, a me aquecer inteira, o líquido vermelho como o coração que bate e pulsa e me estremece o corpo todo a cada vez que penso - somente penso - em ti - somente em ti - e lembro, do teu olhar a me engolir inteira,
Você virá.
Nem que seja só pra me cuspir
nova delicada mente.