OUSADIA (soneto) Longe do poetar o amor,... Luciano Spagnol - poeta do...

OUSADIA (soneto) Longe do poetar o amor, a alma nua A solidão escreve! Um silêncio cego Do claustro, em um vazio e no ofego Insiste e teima, sofre e tudo contin... Frase de Luciano Spagnol - poeta do cerrado.

OUSADIA (soneto)

Longe do poetar o amor, a alma nua
A solidão escreve! Um silêncio cego
Do claustro, em um vazio e no ofego
Insiste e teima, sofre e tudo continua

Mas o velho coração na dor entrego
Na esperança que o pesar construa
Prática. E não a uma desilusão crua
Largue o querer, em um aconchego

De tal modo, que o viver no suplico
Então chore, grite, e assim agrade
A ilusão. E então valha o sacrifício

Porque a pureza, barda da liberdade
Da arte casta, nunca usa de artifício
Pra amar com leveza e simplicidade

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando