A Quase História. A Troca de palavras... Maria Eudóxia Almeida
A Quase História.
A Troca de palavras virou conversa
A conversa abriu a porta há muito trancada
O encanto fez nascer prosa e poesia
Virou um conto
O conto?
Foi ganhando ares de história, história com h mesmo
Uma bela História que quase aconteceu
O tempo não foi amigo, a distância não favoreceu e, em algum momento, o coração entristeceu.
A História não se perdeu, não morreu, porque o sentimento é vivo...
Dizem que escreve a história quem ganha a guerra
Ao perdedor coube recolher os segredos e sentimentos nunca antes divididos, guardar e se ocupar de cuidar da porta, agora fechada.
Fechada? Fechada... Fechada.
Mas sobrou uma alegria, saber que o coração não foi partido, mas sim levado. Levado pleno, inteiro e sem arrependimentos.
Outros contos? Melhor não, daqui para frente porta fechada e trancada, alma anestesiada.
O poeta tinha razão: " navegar é preciso".
Tomando uma licença poética, " somente navegar é preciso".
O resto é ilusão.
Dizem que escreve a história quem ganha a guerra, como a História será escrita?
Não se sabe, como única certeza o vencedor ganhou o mais precioso tesouro, um coração íntegro, nunca quebrado, nunca colado, somente apaixonado.
O que ele vai fazer com esse coração?
O final da História também é ilusão.