Caminhei pelas ruas e calçadas... Entre... Sandro Paschoal Nogueira

Caminhei pelas ruas e calçadas...

Entre dias e madrugadas...


Lua em companhia...

Noites quentes...

Noites enluaradas...

Estradas prateadas...

Conheci salões cinzentos...

De muitos risos...

Poucos alentos...

Muitas loucuras...

Tantas tolas fantasias...

E no espanto do menino...

Em que tudo descortinava ...

Pude ver algumas monstruosidades...

De mentes inacabadas...

Almas vazias...

Grandes gargalhadas...

Bocas úmidas...

Que taças e copos tudo absorvia...

Perdi querendo encontrar...

O que nunca esteve por lá...

Nada contava nem tinha nome...

Eras de breu...

E o réu era eu...

Era tão fácil ser feliz ...

Mentirosas propostas ouvi...

E no sabor do vinho me corrompi ...

Hoje ainda não sei como caminhar nas ruas...

Sem estar...

Em ruas que ficaram para trás no tempo...

Sem estar ...

Esperança que aprendi com as ruínas...

Triste e lamentável fado...

Hoje...

Paz cultuo...

Na lembrança desse banco...

Aqui sentado...



Sandro Paschoal Nogueira