Surdina No cerrado, lá no alto um sino... Luciano Spagnol - poeta do...

Surdina No cerrado, lá no alto um sino canta Da capelinha, num badalar soturno Canta um sino e a melancolia pranta Finda o turno! Canta, pranta o sino no campan... Frase de Luciano Spagnol - poeta do cerrado.

Surdina

No cerrado, lá no alto um sino canta
Da capelinha, num badalar soturno
Canta um sino e a melancolia pranta
Finda o turno!

Canta, pranta o sino no campanário
Como se assim se quisesse
Benesse, no chuvoso dia solitário
Resplandece...

Na messe! Canta e pranta silente
Na torre da igrejinha sem estresse
E o dia adormece, docemente
18 horas: - tal uma prece!

O coração abafado e vazio
Num acalanto o sino canta
Nebuloso dia... Que frio!
Triste melodia, triste mantra...

Sina!
Bate o sino... surdina!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
25/01/2020, 19’47” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando