BAGUNÇA Houve fina garoa sobre a poça... Paulo Sérgio Rosseto

BAGUNÇA Houve fina garoa sobre a poça Que até então já aquietada Sossegara brincando após O primeiro chuvisco na praça E assim enchendo-se novamente de chuva De... Frase de Paulo Sérgio Rosseto.

BAGUNÇA

Houve fina garoa sobre a poça
Que até então já aquietada
Sossegara brincando após
O primeiro chuvisco na praça

E assim enchendo-se novamente de chuva
Dessa vez na calmaria da rua
Transbordou vagarosa pelo declive
Ensopando as falhas entre as pedras
Cantante e desperta como toda água
Mansa, esguia, boa, límpida e fria

E lá embaixo depois de alguma andança
Espalhando-se feito enxurrada
Na lama do paralelo ao pé da calçada
De novo em descanso deu de cara com a lua
Espelhando-se em si de felicidade
Toda melada em risadas descontraída

Entra o vento apressado afeito criança
Nessa profusão de imagens fazendo bagunça
Rodopia e sacode lambendo a paisagem
Tremulando áspero entre ondas
As surpresas amigas que entredizem

- A que ponto chegamos, querida!