Liberdade condicionadađŸŒ»đŸŒ»đŸŒ» Do... Marta Souza Ramos

Liberdade condicionadađŸŒ»đŸŒ»đŸŒ»
Do meio do nada, um temido vĂ­rus invisĂ­vel, vai colocando as coisas lugar;
Destoando outras como uma orquestra desafinada.
A natureza que pedia socorro,
Teve um tempo de trégua;
As pessoas que corriam desesperadas, ficaram em casa, prisioneiras do medo;
Os laços familiares antes rompidos fortaleceram-se pelo convívio diårio;
Conversas frente a frente, sĂŁo canceladas;
A internet que ligavam pessoas solitĂĄrias, unem pessoas em salas virtuais;
Sonhos planejados sĂŁo prorrogados;
A solidariedade torne-se comum;
Suaves perfumes, trocados por ĂĄlcool em gel;
A pandemia polĂ­tica Ă© disseminada
Causando alvoroço e discórdia;
Até as igrejas, lugar de adoração e encontros fecham as portas, colocando em xeque a fé;
Ruas vazias, comércios paralisados;
A solidão faz companhia às praças e bares. O isolando social é ordem;
Nas escolas, o grito eufórico das crianças torna-se um lugar ultrassilencioso;
Somente uma coisa prevalece em meio ao caos: O amor!
Amor sentido no coração
Sem contatos, nem toque de mĂŁos
E os abraços? - só com o coração.
Aquele abraço que afaga a alma
passa ser expresso com os olhos.
Nunca se falou tĂŁo profundamente pelo olhar, jĂĄ que o sorriso foi vetado por mĂĄscaras;
Os idosos foram guardados em uma redoma. Se antes o direito era pouco, agora quase nada;
Os profissionais da saĂșde se tornaram herĂłis da resistĂȘncia,
tentando aplacar a fĂșria do inimigo oculto. Uma corrida contra o tempo...
Cientistas se desdobraram para encontrar a cura.
Um vírus que colocou em pé de igualdade, dentro de valas comuns, nobres e plebeus.
Vai passar!
E quando tudo isso passar
Que tenhamos aprendido que um abraço cura feridas da alma;
Que um sorriso destampado diz muito;
Que a liberdade Ă© o bem mais precioso da vida;
Que a pandemia ensinou valores, não preços;
Enquanto isso ficaremos de castigo
Esperando que o pai nos tire do cantinho do pensamento!
Por Marta Souza Ramos