E eu ainda espero E eu ainda espero, a... Leonardo Ribeiro
E eu ainda espero
E eu ainda espero, a mensagem dela à meia noite desse novo dia
Aquela mensagem enxurrada de promessas calorosas, como uma brasa que toca meu coração semelhante à uma manhã de névoa, em um leve momento na brisa de um frescor, beijando flores de primavera daquela árvore
Aquela árvore na qual me assentava na infância, que com um toque vagaroso fechava minhas pálpebras e abria discretamente um sorriso de canto
Sorriso no qual me abrangia momentos, momentos nos quais escorria lágrimas aflitivas em meu rosto desgastado
Desgaste no qual eu amava, certamente por lembrar daqueles longos cabelos e um lindo sorriso no qual hoje habita em outros sorrisos
Aquele sorriso no qual despertou meu primeiro amor, amor no qual me fortificou e renovou
abrindo o leque da vida e instruindo cada passo futuro que meu ser aprenderia a praticar
Aaaah, como pratiquei, mágoas passadas me presentearam graciosos momentos vigentes
Momentos no qual à conheci, naquele dia, naquela mensagem na qual eu pude sentir meu coração bombeando declarações por minuto, por ela, para ela, sim.. por olhos esverdeados, claros como o mar, estonteantes a ponto de me exaltar e dizer, como eu quero, como eu desejo, como posso?
E eu ainda espero aquela mensagem, jaz uma semana que à espero inquietamente, sofregamente, avidamente, para ela testemunhar, verificar, assimilar, afirmar.. que o meu melhor está aqui, neste poema, para você.. Linda
Linda a ponto de me naufragar, por mares que costumo velejar, onde o último suspiro da vida a cada minuto tenta me capturar
E digo hoje não, porquê lá está ela.. ancorada na ilha de frente ao mar, ao por do sol
E é lá que as 13 horas tenho de estar, fora dos domínios do mar, meu grande e doce lar
Para abraçá-la, dizer, bem que podíamos ficar, envelhecer.. fazer intercorrer meu insaciável prazer em morar em teus olhos esmeraldas aqui, em teu domínio, onde todos os dias aguardarei
Aquela sua mensagem dizendo, meu amor.. eu ancorei.. dessa vez, permanecerei.