Provocada por repressão Minha atitude... Arcise Câmara
Provocada por repressão
Minha atitude é o segredo de cuidado comigo mesma, o mistério da vida me fascinava e eu queria compreendê-lo melhor, acho o universo inteligente e cheio de energia.
Estava tendo dificuldade para me adaptar à nova vida, não acreditava no melhor dos seres nas redes sociais, corri para meditação em movimento, correr, andar, contemplar a natureza.
Os espelhos mentem para gente, estava num ritmo chamado autoconhecimento. Eu gosto da ideia de ter um segredinho e não gosto do que pregam que somos vítimas de um destino.
Não amo o passado, mas me lembro muito bem dele, qual o propósito? Jamais aceitar situações intermediárias, inconvenientes, abusivas. Nunca vou me colocar em primeiro lugar, mas quero o que me cabe: amor e respeito.
Depois de muitos nãos, vivi o chamado insight, pensei com convicção, era indisfarçável conquistar a sabedoria e ser indiferente a tudo que eu não posso mudar.
Também percebi que muitas modernidades não me cabem, cada vez entendo menos a vontade de estar conectado vinte quatro horas, comprometendo as relações e o sono.
Havia um lugar onde eu descansava a cabeça tranquilamente, era estar rodeada das melhores coisas que já me aconteceu, isso é: família, amigos, livros, séries e as pessoas em volta em que posso amá-las e assim me preencho ainda mais de amor.
Meus amigos conseguem explicar essas coisas muito melhor do que eu, eu só consigo sentir, é uma sensação de coração limpo e bem arrumado, é um desejo de vencer as dificuldades, é o recebimento da paciência que nunca tive, um verdadeiro presente.
Comecei a esquecer as mágoas, era um esquecimento motivado em que eu deveria não valorizar as coisas ruins. Me permiti ser diferente, resolvi agir de forma voluntária e não unida por impulsivo.
Comecei a fazer rituais, escolhas conscientes, confiar em médicos, nos remédios, no silêncio e na tranquilidade. Entendi que toda escolha envolve riscos e eu precisava trabalhar isso, observando o que funcionava e o que não.
O primeiro grande passo foi analisar todas as repressões durante a vida, o que era modismo, o que tinha fundamento, comecei a pergunta o porquê de cada coisa e assim me senti mais consciente para viver e cuidar de mim, da natureza e de quem estar ao redor.