Seres humanos Caminhando normalmente... Rodrigo A. Silva
Seres humanos
Caminhando normalmente pela rua, vê-se pessoas por todos os lados. Elas não olham pro seu rosto, não sentem suas dores. Elas têm problemas maiores: seus próprios temores.
As pessoas não são iguais por fora, tampouco no íntimo. Mas são, exceto, iguais nas necessidades: elas precisam de contato social, pelo menos algumas; necessitam alimentar-se, igual qualquer outro ser vivo; têm suas necessidades fisiológicas; e estão vulneráveis à depressão e solidão.
Apesar disto, o ser humano tende a querer ser superior a seus congêneres.
Despreza seus semelhantes por pura ignorância. Sacrifica seus irmãos por sórdida ganância. Muitos estão mergulhados num mar de hipocrisias, e acabam afogando-se em suas próprias mentiras.
Competir faz parte da natureza humana. Disputam entre si para ocupar um lugar de destaque. Competem entre quem presta o melhor serviço. Competem desde pequenos espermatozóides numa corrida em direção ao útero, a reis em busca de novos territórios.
O homem quis voar como as aves, então inventou o avião. Desejou planar na água como os patos, então o barco fez. Sonhava está submergido às águas como os peixes, então criou o submarino, sobretudo, tornou-se mergulhador. Que inveja o homem deve ter dos patos, pois eles estão equipados para tudo isso, apesar de imperfeitamente. O homem tenta ser o mais categórico possível, mas vive em busca da felicidade. O pato é desastrado, no entanto, é feliz.