O Infante e o tempo Orgulho de ser... Márcio Lainert

O Infante e o tempo

Orgulho de ser Soldado de Infantaria com todas as letras e brados!
Somos pé de poeira sim! Mochila pesada, bizurada e fuzil sim!
O catanho dividido, a sombra que cabia um e que era partilhada por todo pelotão, o último gole de água multiplicado para toda a patrulha, são alguns exemplos das várias dificuldades que passamos juntos e que foram essenciais para construir amizades verdadeiras que nunca serão esquecidas e que com toda certeza contribuíram de forma significativa para essa experiência singular.
Embora hoje em dia não partilhemos mais daquelas progressões no terreno, as mesmas marchas e nem as corridinhas mixurucas que nunca davam pra casar, ficaram várias lições indeléveis na alma que serão carregadas por toda vida.
A Infantaria nos tornou irmãos no estrito sentido da palavra e ao ombrear coberto e alinhado pelas fileiras do EB sinto-me honrado em ter essa alma de Infante.
Quando vejo o Pavilhão Nacional, minha alma arde em sentido e continência... Tempo que não volta mais. E para aumentar a ausência do ar frio, calor, chuva e muito suor os anos vão passando impiedosamente diante de nossos olhos. As fotos amareladas pelo tempo destilam mais uma vez o veneno do ano de 1998 estava logo ali e já se vão 22 anos.
Alguns que já deram baixa da vida jamais serão esquecidos...
Uma vez Infante sempre Infante.