"CAMPO DESERTO"đ Mato seco... Isabel Morais Ribeiro...
"CAMPO DESERTO"đ
Mato seco camuflagem traçada
Mata a fome caça felino
Voo da ĂĄguia aranha rastejante
Faro do lobo pele de cobra
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Olhos de coruja raposa inteligente
Formiga no capim fera ferida
Alma sentida criança perdida
CiĂȘncia abafada pele de galinha
â
Becos escuros viĂșvas na solidĂŁo
Pensamentos solitĂĄrios palavras mudas
Olhares maliciosos sombras malignas
Segredos no tĂșmulo suspiros de desejo
â
Silencio vazio gritos de dor
Jardim abandonado sangue venenoso
Grades de ferro retratos de sonho
Sentimentos intriguistas vergonha escondida
â
Corpo manipulado carne apodrecida
Loucos, tontos intolerantes, invejosos
Cantam, dançam sorriem, choram
Perdidos, estendidos ao sol, Ă chuva
â
Tempestade esquecida arriscam o amor
Mouros encantados, elos perdidos
Batalhas enfurecidas, intrigas embriagadas
Consome o coração, sem dor ou paixão
â
Sem ver, sem tocar, sem ouvir, sem falar
Palavras ditas, nĂŁo ditas, escritas
Nos dias silenciosos, Ă chuva ao vento
Onde partimos as correntes de ninguém
â
Alguém perdido esquecido no tempo
Abraço forte flor perfumada
Cheiro a café quente escaldado
Trilho esquecido caminho perdido