Dia 29 de março, ainda não faz nem um... Keila Tainá

Dia 29 de março, ainda não faz nem um mês desde que aquela última ligação foi realizada, que aquelas lágrimas descontroladas rolavam pelo nosso rosto. Esse mês tá demorando passar, as águas de março estão agitadas mas peço que elas levem a bagunça que está dentro da minha cabeça. Não tem um dia que eu não pense nele e não me pergunte: Será que ele tá bem? Será que ainda pensa em mim? Ou já está deitado nos braços de uma outra qualquer...?
O que mais sinto falta nele? Não sei. Talvez tudo. O jeito de falar, a voz o cabelo caído pela testa, preto e bagunçado. Tô com saudade de ouvir ele falar sobre as mesmas coisas, tô com saudade do silêncio dele. Quando a gente conversava por vídeo chamada, ele às vezes deixava o celular bem pertinho do rosto, era bizarro mas era lindo. Tô com saudade do tédio dele, das crises, da rotina. Quando ele chega da academia cansado ele deita no chão e fica refletindo na vida. Tô com saudade da risada dele, do jeito besta de rir, tô com saudade de pedir a opinião dele. Saudade de mandar áudios longos...
Sinto saudade dele por inteiro e até dos que cercam ele e que não tive a oportunidade de conhecer.
Ah! Saudade, que dor que tu faz, que vazio que tu deixa, que angústia é essa que não passa. Ah! Tu que domina meu pensamento, deixa meu corpo travado, meu olhar cabisbaixo sem saber o que fazer... Ah! Amor, tu pra quem deixei um pedaço de mim, deixei também um presentin' pra tu não ousar se esquecer d'eu.
Ah! Você que tá longe de mim, saiba que ainda te sinto aqui, bem coladinho mais eu, sinto o toque da tua pele e aquele beijo no rosto que me desse.
Ah! Saudade que aperta de madrugada, no sossego da casa tu grita no meu peito, por favor, tenta calar e me deixa pra que eu possa viver de novo em paz.