FADOS E ECOSđš O corpo adivinha as... Isabel Morais Ribeiro...
FADOS E ECOSđš
O corpo adivinha as sensaçþes jå vividas
Experimenta as dores profundas e velozes
A carne tem um fraco pelas orgias da noite
Sou levada pela saudade cravada em mim
Sente-se dor nos ossos, tudo que nĂŁo vivi
Vislumbrei-me em fado nos becos nocturnos
De tramas, de mentiras, de olhares jĂĄ tĂłxicos
Lua de desejos sob a penumbras madrugadas
Saudade da solidĂŁo, nocturnas noites diluĂdas
Gelo esgotado nas gandaias dos sonhadores
Raiadas nos olhos, sono pelo avesso espelho
Luzes frias, som em fĂşria, de um sino tocado
đš
Meu amor leva-me as fados p´ra chorar de alegria
O amor que sentimos, leva-me para casa p´ra abrires
O teu coração, deita-me na tua cama e apaga o fogo
Que me consome como um bombeiro que apaga
As giestas a arder ecos e gritos de uma fraga solta
E perdida na serra acordei sentindo a tua falta
E ainda sentindo o teu beijo, a noite era eterna
E eu nĂŁo quero dormir sem sonhar, eu dei-te a minha alma
O meu corpo sem esperar por amanhĂŁ condenados Ă vida
Estamos como duas almas acorrentadas somos amigos do sol
Amantes ao luar somos cĂşmplices partilhamos todos
Os nossos quentes momentos meu amor leva-me as fados
P´ra chorar de amor junto a ti!