Um Tilintar De Prata... Um tilintar de... Laerte Antônio
Um Tilintar De Prata...
Um tilintar de prata, um quê de rosa,
aquela voz caía fundo em alma,
brisa morna através de fina palma,
murmúrios a luzir poesia em prosa.
Um tilintar claríssimo, uma glosa
de fino repentista em tarde calma...
o escorrer pelo rosto de uma lágrima,
uma lembrança entre azul e rosa.
Finos talheres que jamais usei,
taças cantando um sonho cor de vinho,
voz hialina dizendo o que não sei.
A rosa, a prata, a voz: esse o caminho —
lembrança sazonada de um outono
caindo como folha ao abandono.
LA