CHÃO CAIPIRA, CERRADO Calmo, entre os... Luciano Spagnol - poeta do...
CHÃO CAIPIRA, CERRADO
Calmo, entre os arbustos, num éden
Em lufadas de silencioso espavento
O cerrado, do horizonte passa além
Cantos sussurrante, pássaros ao vento
Quimeras sobre o chão aqui tem
As flores em um divino advento
O sertão é periódico, também,
É vida em regular renascimento
Ardes, em uma secura tão bravia
E da ternura o verão é clemente
É terra de gente da roça, caipira
Mas deste povo só se tem valeria
Cantoria que já vem na semente
De muita fé, desfastio e pouca ira
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando