Como anda seu Marketing Pessoal? por... Anderson Araújo
Como anda seu Marketing Pessoal?
por Anderson Araújo
Você nasceu marketeiro (a)? Sua primeira ação neste mundo foi de marketing. Em uma manifestação espontânea ou forçada pelo estímulo aplicado pelo médico, você deixou claro que tinha gente nova no pedaço. Alguém multimídia, monopolizando as atenções com áudio, imagem e até odor. Principalmente odor. O poder de chamar a atenção foi vital para a sua sobrevivência em um ambiente extremamente competitivo. E o que faltava em força ou estatura sobrava em capacidade de se fazer notar. Nem o rádio, a TV ou a sonolenta apatia noturna de seu público alvo era páreo para o seu poder de comunicação. Mas, justiça seja feita, a platéia que atendia ao anúncio era sempre recompensada com seu simpático sorriso. Mesmo banguela. Então, você cresceu e aprendeu a ser discreto (a), evitando chamar a atenção sobre si. Sem uma alternativa visível, procurou trabalhar duro, acreditando ser esta a única e melhor maneira de levar pessoas e empresas a perceberem sua existência, sempre visando promoções ou novos contratos. No mundo em que vivia, marketing para promover seres de carne e osso, somente em açougues moderninhos. Para bois, frangos e leitões. Até que, num belo dia você descobre o significado da palavra commodity (Produto sem Valor). Aprende que há produtos condenados ao anonimato de um mercado em massa. Que perdem seu diferencial e são vendidos a preço de banana. Todos iguais. Você olha para o umbigo e descobre que o que está acontecendo com o seu trabalho ou você, não é muito diferente. Você não queria virar algo para inglês ver, mas virou commodity! Mas eu pergunto a você, o que as empresas estão fazendo para transformar commodities em produtos de valor? Agregando serviços e fazendo marketing. Não exatamente do produto, mas dos serviços agregados. E de repente o que era vendido a preço de banana em penca, virou banana com nome francês, flambada por mãos hábeis em utensílios de prata bem ao lado da mesa do cliente. Que sorri, enquanto não chega sua conta. O que você pode fazer, ao sentir-se profissionalmente um (a) banana qualquer? Se as empresas agregam serviços a produtos, para aumentar seu valor, o que você vai agregar a você? E se você já é todo (a) serviço, o que fazer neste caso?
Ofereça VOCÊ ao mercado!
Com um pouco de autopromoção, o você-produto será conhecido. Não, nada de outdoors com a sua foto ou algo do tipo espalhafatoso. Sua estratégia de marketing pessoal será a de divulgar o que você conhece e faz. E faz bem. Mas evite fazer promoção daquilo que tem a oferecer, um exibicionismo barato. Algo como desfilar no mercado adornado de plumas e paetês e falando de si. Fuja de vender uma vã aparência. É arriscado, pois o mercado exige que as aparências sejam perfeitas e este é um dos pesadelos da vida de modelo. Porque até pavão tem pés horríveis de dar dó.
Seu conhecimento será o seu mais valioso produto, salientando que você não precisa conhecer tudo para ser vendável. Conhecer aquilo que irá resolver o problema de seu cliente em potencial é o que vale. Porque é esse todo o conhecimento que ele deseja. Você é um serviço ambulante, recheado de conhecimento e vivendo na era da informação, formação e discernimento. O que mais falta? Criatividade. Se tiver, vai saber o que mostrar, onde mostrar e como mostrar. Sem ser pavão e precisar esconder os pés.
Um caso típico de disseminação de conhecimento é o de pessoas que aprendem a encantar outras pessoas e empresas através de boas oportunidades. Você precisa fixar o você-marca muito bem. Mas sabendo exatamente o público alvo. Uma seleta platéia de profissionais e empresas estão totalmente preparados e direcionados em um determinado foco. E estes e estas, estão ansiosos no aguardo de um alguém que consiga observar isso sem que seja preciso divulgar aos quatros ventos. Exatamente assim, acontecem dezenas de casos típicos de marketing pessoal bem sucedido que acabam em negócios, grandes negócios. Sem plumas nem paetês. Este marketing não depende de outdoors ou anúncios na TV e sim de Networking (Rede de Relacionamentos). Lembra do último eletricista que precisou? Aquele que o encanador indicou. Cujo endereço você conseguiu com o pedreiro. Que foi indicado pelo rapaz da mercearia, assim, podendo haver um primeiro contato, que com certeza, gerou um contrato, uma prestação de serviços, e a tão esperada oportunidade de um alguém poder oferecer e vender o seu produto. O seu Conhecimento. Uma rede de relacionamentos trouxe este profissional até você. Todos ganharam, todos cresceram. E você, satisfeito (a), passou a fazer parte desta rede. Que em determinado momento, terá que aparecer o seu nome, quando um desses profissionais for solicitado.Este é o poder de uma Gestão de Marketing Pessoal bem elaborada. Usufruído às mais atuais técnicas apresentadas pelos maiores gurus do planeta. Através de Revistas, Livros, Palestras, Seminários e Treinamentos. E dentro disso tudo, englobado de maneira expressa e verbal, este conhecimento se difunde com a prática de um bom Networking. Cada meio de informação e formação, conectando e agregando valores para o você-marca, seus serviços e produtos. A era do EU S/A, como nos é apresentado pelo guru Tom Peters. A era em que o valor vital para sua sobrevivência profissional é o conhecimento por total dissecado, sem perder os valores éticos e a direção de seu foco. Uma era onde temos que nos entender muito bem com as 24 horas de um dia, macro-economia, globalização, qualidade de vida para nós, nosso espírito, nossos relacionamentos, tanto familiar quanto sentimental, nossos amigos e também... Para todos aqueles que nos ajudaram a chegarmos aonde chegamos. E para conseguirmos isso, temos que dividir para poder somar. O fundamental para esta gestão é criarmos em nós mesmos a necessidade de nos focar no que é permanente e não naquilo que é passageiro. E como dizia Madre Teresa: “Ninguém tem o direito de sair da presença de uma pessoa sem tentar ou deixá-la um pouco mais feliz”.