Neste final de semana eu vi meus acertos... Nerisírley Barreira do...
Neste final de semana eu vi meus acertos e erros na minha vida.
Também parei para pensar nos que erraram e acertaram comigo.
Sabe o que concluí?
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Que não existe nenhum pai ou mãe que não vão errar. Muito menos os filhos. Mas existe uma diferença muito grande quando a gente erra tentando acertar por amor e aquele erro que a gente faz para prejudicar alguém por maldade.
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As relações sempre são tumultuadas. Para começar, o que eu digo, não é o que você entende. E vice-versa. Cada um tem um contexto histórico na vida, a cultura e como a pessoa foi cercada de carinho na sua infância falam mais dela do que ela consegue exprimir em atitudes. Excetuando algumas pessoa muito sensíveis que têm o Dom e coragem de expressar o são e o que sentem, a grande maioria, age sem reflexão.
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Eu não acredito que exista um pai ou mãe que amem e erram por querer. Erram tentando fazer o melhor. E o amor e algo tão louvável que ele explica atitudes.
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Não falo de paixão ou desejo. Falo de amor. Aquele que se você tiver eroticamente por uma pessoa num determinado momento, é capaz de afastar-se dela para vê-la feliz com outra. Isso é amor.
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Esse amor romântico ótimo para vender livros e filmes, é uma invenção humana do século IX. Casar por amor! Lindo não é? O filme acaba por aí, isso vende pra caramba! Ninguém contou que eles brigaram o primeiro ano inteiro de casamento porque os lindos e longos cabelos dela entupiram o ralo do banheiro todo mês. Ninguém contou que ele tem um chulé que só O SENHOR NA CAUSA. E de manhã? Vocês acham que venderia algum romance se o quarto amanhecesse azul de butano? Lógico que foi ela. Ou melhor, ele.
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Amor, aquele que Cristo pergunta para Pedro é o Ágape. Existem quatro tipos de amor: Eros, que é baseado na atração sexual, aquele que é muito influenciado pela beleza física, necessário para a procriação humana; mas que a Bíblia traz muitas recomendações sobre não confiar nos nossos olhos e coração. Phileu (Philos ou Philia) que é a amizade ou fraternidade, o típico amor que sentimos por amigos e parentes. Storgé, que é a aceitação, a valorização e identificação que existe entre os familiares, expressado muito em admiração e afeto ao invés de críticas e exclusão de entes. Acontece especialmente entre pais e filhos. Justamente neste amor Storgé é que formamos o nosso senso de auto-aceitação e valor. E por último, o amor Ágape, que significa amar sem querer nada em troca. Amar ao ponto de se sacrificar pela outra pessoa. De dar sua vida pela outra.
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Pedro negou Jesus três vezes. Com medo, temendo pela própria vida, ele a princípio defendeu o Messias até com a espada. Mas depois num rompante de auto-preservação negou conhecer Jesus.
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Ressurreto, Jesus prepara um momento especial para ele e Pedro. Um momento de perdão e mudança. Ele sabia que sobre Pedro estaria a Igreja que Ele queria. Não uma igreja certa, mas uma igreja disposta a sempre voltar atrás, rever seus valores e reconhecer sua humanidade. Então na praia, depois de uma grande pescaria Jesus já assava um peixe à espera da aproximação feliz de Pedro. E a pergunta foi direta:
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_ Pedro phileu?
_ Sim Mestre, philos.
_ Então apascenta as minhas ovelhas.
_ Pedro phileu?
_ Sim Mestre, philos.
_ Então apascenta as minhas ovelhas.
_ Pedro ágape?
Pedro descaído pela mesma pergunta tantas vezes e por saber a diferença da última responde:
_ Senhor, tu o sabes, agapós.
_ Então apascenta os meus cordeiros.
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Este foi um momento espiritual e profético. Por três vezes Pedro negou a Jesus, agora, por três vezes ele afirma o seu amor. E Pedro acabou também crucificado. Deu a vida por sua fé e obra em Cristo.
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Agora vou me apegar no “apascenta”. Apascenta é relacionar. E relacionar é sempre se colocar no holofote. É difícil ser colega de trabalho, principalmente quando você nota que tem gente que não gosta de você. Relacionar com sobrinhos, quando depois eles crescem e bebem da raiz da ingratidão. Relacionar com pessoas de uma mesma comunidade.