DUALISMO Ora sim, ora não, variável... Luciano Spagnol - poeta...

DUALISMO Ora sim, ora não, variável cotidiano Vivo ansiando, em dúvidas e prece Num dualismo, a arder, e assim tece A alma, tumulto e clamor, vil insano Fatal, ... Frase de Luciano Spagnol - poeta mineiro do cerrado.

DUALISMO

Ora sim, ora não, variável cotidiano
Vivo ansiando, em dúvidas e prece
Num dualismo, a arder, e assim tece
A alma, tumulto e clamor, vil insano

Fatal, no rir como no chorar, padece
E, como num sorvedoiro, o profano
Moro entre a crença e o desengano
Como se o azarão assim o tivesse

Pobre, capaz de maquinal ousadia
Temores, e das virtudes insatisfeito
Nem das alegrias, gorjeta e cortesia

E, no logro da obsessão do agora
Devora a maravilha do meu peito
Em assombros que a poesia chora

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
26/08/2019, 05'10"
Cerrado goiano
Olavobilaquiando