O esforço de tentar mudar a minha... Vitor Martins
O esforço de tentar mudar a minha cabeça era tão exaustivo que, num determinado ponto da adolescência, eu apenas aceitei que eu era assim. Não foi o tipo de aceitação que deixava a gente aliviado. Aceitar que eu sou gay significou aceitar que eu vou para o inferno e viver constantemente com medo da morte. Esse tipo de pensamento não me assombra com tanta frequência como antes, mas ainda existem noites em que, antes de dormir, eu olho para o teto e penso que, em algum lugar, existe um Deus que está extremamente desapontado comigo.