Perfura-me, noite. Novamente sentado na... Juan Kennedy
Perfura-me, noite.
Novamente sentado na mesa de poker, meia-noite e quarenta, ao lado, olhares se trocam em frações de segundos, suor por partes do corpo representam o calor do momento, pensamentos negativos se encaixam, e, por via das dúvidas, ela viria de uma forma tão lúcida como das outras vezes, e desta vez, o valor da sua essência deveria aparecer, mas, o nervosismo tomava conta, aparenta-se que não seria nessa ocasião, depois de alguns minutos, enjaulado no momento, a única saída era ajoelhar-te perante a magia extremamente deslumbrante, e no decorrer, fechar-te os olhos, e apenas aguardar as horas passarem em anos, respeitando-a como um ser magnífico, majestosamente. E por fim, o silêncio vem, livre das correntes levantou-se, aliviado, venceu mais uma vez, mas, aflito por terminar mais uma vez como um covarde.