Não sei se fragmento-te ou guardo-te.... Fabrício Ferreira
Não sei se fragmento-te ou guardo-te. Se penso saudoso ou esqueço-te. Mais vil que tal dúvida, é este silêncio, que vocifera bradando por tua ausência. Ainda dói, teu cheiro e beijo são o que me destroem, mas eis que como a erva humilde, debaixo dos teus pés, eu ei de morrer sob doce agonia. Tento esvaziar-me de ti, tento distanciar-me dos teus caminhos, mas não importa o quanto o tempo rugir, não importa o quanto a tua ausência lancetar, não importam os adiamentos, as distâncias ou muito menos as impossibilidades. Tudo isso o meu amor por ti deteve e mesmo que consiga esvaziar-me por completo, é muita saudade pra pouco eu. Eis que transbordo apenas isso e de tão grandiosa que é tal ausência, não sinto mais, me tornei ela.