E eu escolho te deixar no plano das... Feh
E eu escolho te deixar no plano das ideias. Somos sonhos que fiz questão de entregar as madrugadas quando escolhi te guardar e aguardar para mais tarde.
Na real, não sei bem se pude escolher, afinal, ainda não sei te amar.
Por isso não me peça explicações, pois virei com ainda mais dúvidas e suposições. Ainda não cheguei na hora certa, a minha hora.
A hora certa sempre espera um casal perfeito, e claro um clássico romance de livros, e eu não nasci para isso, eu te desejo na impureza do tempo, num sonho elucidante onde um beijo teu vira a chave da minha virtude, e só então você me acorda do estranho pesadelo que dou nome de rotina.
Meu mundo inconsciente e inacabado como os pedaços que juntei dessa história, da nossa história -Acho que posso chamar de nossa- ou talvez mais minha do que tua.
Talvez seja.
Os toques leve dos seus dedos embranquecidos como tua pele quebraram as minhas barreiras mais escuras, -E eu não reclamo disso- a realidade insiste em não competir contigo.
Seria injusto?
Abro as portas para sentir a liberdade e as fecho imediatamente, tenho medo de não vencer o frio na barriga que vem consequentemente depois.
Abro o chuveiro e entro pra te confundir as lágrimas, fujo dos riscos para não perder a linha...
Para não me perder...
Para não te perder.
Olho no espelho e minto para mim mesma sobre o amor que finge não existir.
Por mim...
Por nós.
Contudo, meus braços abertos me ensinam que eu ainda não aprendi a te perder, mesmo sem nunca ter tido você para mim. E se um dia eu disser, -E nunca direi- tudo que eu deveria ter dito, se eu soubesse que venceria, -E não sei- esse jogo idiota, eu me entregaria, quebraria meus limites, e seria sua no mesmo instante.
Me conformo com o que não admito, afinal a culpa não é sua de ter conseguido me livrar de todas as gaiolas que você abriu sem querer.
Vejo-te como nunca me verás, e então te mostro a minha alma e cabe a ti querer me enxergar no vazio das suas pupilas, pois cada verso me lembra que o que eu procuro em ti também é resquícios do tempo não curado, um adeus, para um fim ou quem sabe um recomeço.