RELVA - CAPÍTULO 10 Quando nos... Alan Motta Lins

RELVA - CAPÍTULO 10

Quando nos encontramos pela primeira vez depois da cirurgia de Levi, ele ainda de óculos escuros me olhava com tom de surpresa. Até hoje não sei se era um olhar de agrado ou decepção. Dias depois quando não precisava mais usar óculos, Levi me observava sempre como se quisesse me dizer algo. Me deixando até sem graça as vezes. Olhar de contemplação como se eu fosse um quadro estranho ou um fantasma.
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A verdade é que se apenas olharmos, não vemos, ver, requer de fato, um senso de reflexão. Analisar o que vemos e realizarmos nossa própria leitura. De forma geral, a gente vê, o que quer ver
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- Eu te amo - disse Levi. - Oi? respondi surpresa.
Levi tem esses rompantes de surpresa de vez em quando, do tipo de quem pensa alto e acaba falando o que sente.
- Isso mesmo Sara, você ouviu. Das coisas que passei a ver, depois que voltei a enxergar, você é a mais linda. Fisicamente e principalmente de alma.
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Abracei o elogio e Levi com um abraço apertado. Nossos corações batiam juntos
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- Te amo também Levi. Com um amor tão grande que não cabe no meu peito. - Boa Tarde crianças! - disse meu pai como um juiz de futebol interrompendo uma partida. Nos desabraçamos rápido como se tivéssemos 12 anos. Meu pai adora nos ver constrangidos, fazendo graça, é óbvio que ele sabe que eu e Levi temos uma ligação. Mas como ainda não assumimos um namoro formal, pra ele somos apenas amigos. .
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Todo namoro começa com amizade, cumplicidade, carinho. Toda casa bem firmada é construída sobre um bom alicerce .
Quando os alicerces de uma casa se destroem, por mais bem arrumada e mobiliada, em algum momento ruirá
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CONTINUA