Na velhice Já são anos escrevendo; As... Everton Arieiro
Na velhice
Já são anos escrevendo;
As histórias de uma face;
Já são dias escurecendo;
Desejando que me abrace.
São os dias de beleza;
Os que vens a encontrar;
E me vejo sem destreza;
E só falta te amar.
Um amor que é diferente;
Um que veio do infinito;
Um amor que faz contente;
Um do rosto mais bonito.
É uma bela que é fera;
É um rosto que se rende;
É uma força que é mera;
É uma força que a mim prende.
O abraço que não solta;
O beijo que não desfaz;
O caminho que não volta;
O amor que satisfaz.
Já são anos escrevendo;
Sobre o amor que nasceu;
E me vou envelhecendo;
E esse amor ainda é meu.