Hiperemia O que sente bem agora? Quando... Everton Arieiro
Hiperemia
O que sente bem agora?
Quando tocam-se as bocas;
O que dizes dessa horas?
Dessas vozes que são roucas.
Aqui deitas e me anima;
É que na pele tens calor;
Em mim deitas, bem em cima;
O que despertas é amor.
O que digo e o que sinto;
Não se pode antever;
É que para mim eu não minto;
E eu quero a você.
Há alguém para amar;
Há o amor para nós dois;
Há poesia nesse ar;
Não deixar para depois.
Vem e seja o meu rio;
Vem e molhe o eu inteiro;
Vem e acende o pavio;
Não me compre com dinheiro.
Ouça tudo que te digo;
Me empreste o coração;
Se esconda no abrigo;
Me consuma na paixão.