RELVA - CAPÍTULO 4 Quando escrevo, meu... Alan Motta Lins
RELVA - CAPÍTULO 4
Quando escrevo, meu pensamento voa, me deixo guiar pelo vento interior, desembaralhando as letras colocando cada uma no lugar que melhor lhe cabem naquele dia
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Meus pensamentos inquietos resvalam em dúvidas internas, esbarram em conflitos até colidirem em cheio com minha vontade de voar, vontade essa que percorre meu corpo até a ponta dos meus dedos escorrendo a tinta sobre a folha de caderno velho .
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16h44
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Hoje está chovendo, não irei encontrar Levi na cerca que divide nossas fazendas. Combinamos que sempre que houvesse chuva, iríamos procurar algo novo pra fazer e compartilhar no dia seguinte .
Resolvi escrever sobre algo que vi
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Leve
em um bater de asas inquietas
sobrevoa o jardim
como um peixe livre
mergulhada em um oceano ar
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Leve
solta ao vento, linda e frágil
assim como nossa vida é
voa ágil entre as folhas
nas asas pólen e esperança .
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Leve
pousa em flores
sob o som
de todas as marchas
as nupciais e as fúnebres
Sempre está lá.. .
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Leve
borboleta amarela
Leve
carregue até ele
meu desejo embuçado
Não te falte coragem
para pousar
entre meus dedos ou
nas costas do Leão Branco
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Leve
minhas letras
Leves
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Leve meu recado
através da brisa leve .
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Levi pensa que não sei que ele é apaixonado por mim, eu também sou por ele, mas temos medo de assumirmos a acabarmos até com nossa amizade.
Infelizmente quando relacionamentos acabam ambos querem se afastar e até se tornam inimigos, não quero isso com Levi. Se for pra acabar nossa amizade. Nunca iremos namorar
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CONTINUA