COLISEU DE MIM MESMO Eu não sou o... Marcus Deminco
COLISEU DE MIM MESMO
Eu não sou o diminuto que lhe pareço.
Tampouco, o excelso que não consegues ver.
Sou a imensa vontade que padece.
Por tantos muitos querer ser.
Digladiação do meu eu.
Coliseu entre todo meu ser.
Feridas na carne que não se abateu.
Cortaduras d'alma se fez transcender.
Fragmentos ficaram espalhados,
Entranhas mais condoídas.
Remendos de boas lembranças,
cisuras de doces feridas.
Dos que fui, ficaram muitos.
Dos que ficaram, poucos eu fui.
E entre meus retalhos entornados pelo vão;
Migalhas insepultas do meu eu.
Pedaços reviventes de multidão.