RIO DE AMOR Não foi minha intenção te... Arão Paulo Liahuca
RIO DE AMOR
Não foi minha intenção te conhecer.
Tudo aconteceu muito rápido.
Quando despertei, já dei de cara contigo.
Parecias uma sereia,
Na minha pequena praia.
Chegaste devagarinho, e,
Com teu jeito doce, deliciaste meu senso.
Segurei-me com cautela e pus-me a sorrir.
Pelos altos tons deste sorriso, mexi com teu ser.
Este manancial, data de uma era não registada
Fruto do nosso convívio, no universo facebook.
Do virtual, você chegou e,
Comigo ficamos no mesmo propósito.
Discutíamos matérias distintas,
Sobretudo as do universo jurídico.
Selamos contratos promissores,
Mesmo por incidir em objectos melindrosos.
Em sede da assinatura dos acordos
Teu medo era notório,
Até pensavas que eu era inabilitado.
A partir destes instantes, tudo começou a fluir.
Foi quando sem querer,
Referiste-te ao teu nome, Amora! Assim dizias.
Em torno da nossa meiga conversa,
Senti o amor batendo-me a porta.
Por causa deste alerta,
Percebi que precisava te ouvir.
Depois de saborear os encantos da tua fala,
Que soavam como o som da lira e da citara,
Deixei de ser a mesma pessoa.
Trocamos sentimentos, e,
Tatuei teu suspiro no meu cérebro,
Para poder lembrar-te
Sempre que a razão do amor bater-me a porta.
Percorri km para te alcançar.
Não me importei com a distância,
Pois sabia que te ver,
Era o maior trofeu da maratona do meu viver.
Quando te vi,
Senti-me alvejado com favo dos teus olhos.
Teu jeito único e melieiro,
Deixou-me acurralado de desejo.
Tua timidez mansa sequestrou-me a fala.
Fiquei louco de emoção, até,
Nem sabia onde pôr as mãos.
Paginas tantas, ganhei coragem e,
Fitei meus olhos nos teus.
Quando olhei de imediato ao meu redor,
Vi o banquete da tua simpatia,
Da doçura dos teus lábios,
Do aroma surreal do teu cheiro.
Foi quando o guardião da tua galáxia,
Sussurrou-me delicadamente,
Que me encontrava no rio do teu amor,
Onde decidi ficar para todo o sempre.