O Meu Ar Ah, querida! Diga-me como eu... Elebrak Costa

O Meu Ar

Ah, querida!

Diga-me como eu devo respirar sem ar,

se o ar que tive tu levaste contigo.

De outro modo, pensa comigo agora!

Contigo eu sentia que estava em planeta de ar.

E agora que foste, diga-me como viver neste planeta?

Se se perguntares-me, como pode alguém falar de ar se não respira?

Eu dir-te-ia que se houvesse uma maneira que eu pudesse fazer-te entender, fá-lo-ia sem hesitar.

Seria a mesma coisa que perguntar;

como é que alguém pode falar de fogo sem nunca ter queimado?

Mas de alguma forma, eu ainda estou vivo graças a último respiro que me deste à mim na despedida.



Contudo, eu sinto a falta de ar, é como se fosse que estivesse a findar.

Por favor, traga-o de volta que eu preciso viver.

Por que que tudo na vida é regra?

Até respirar eu tenho de obedecer regras!

Acho que se não houvesse regras, não haveria castigo,

Sem castigo não haveria ninguém a quem ele aplicasse.

Obedecer regras é estar organizado, e não quero estar abandalhado.

Se és o ar, eu sou homem. É lei, o homem depende de ar para respirar sim,

por isso preciso de ti. E também tens vida porque eu existo, e se não fosse por minha

causa tu não existiria.

Ai, meu ar.