MEUS VERSOS II (soneto) Meus versos,... Luciano Spagnol - poeta...

MEUS VERSOS II (soneto) Meus versos, assobio do vento no cerrado A alma melancólica devaneando na rima O sentimento escorrendo de sua enzima Do grito do peito d... Frase de Luciano Spagnol - poeta mineiro do cerrado.

MEUS VERSOS II (soneto)

Meus versos, assobio do vento no cerrado
A alma melancólica devaneando na rima
O sentimento escorrendo de sua enzima
Do grito do peito do sonho estrangulado

São mimos das mãos no verbo em esgrima
Ternura na agonia, voz, o lábio denodado
Galrando sensações num papel deslavado
Que há no silêncio do fado em sua estima

Os versos meus, são o olhar em um brado
O gesto grifado no vazio sem pantomina
Vagido da solidão parindo revés entalado

Meus versos, da alacridade me aproxima
Me anima, da coragem de haver poetado
Ter e ser amado, o telhado, riso e lágrima

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Abril de 2017
Cerrado goiano