REMORSO II (soneto) Às vezes, um poetar... poeta mineiro do cerrado -...

REMORSO II (soneto) Às vezes, um poetar me espera E os amores e temores infando Me padecem, doem, até quando? E assim, em branco vai a quimera Inspiração, emoçã... Frase de poeta mineiro do cerrado - Luciano Spagnol.

REMORSO II (soneto)

Às vezes, um poetar me espera
E os amores e temores infando
Me padecem, doem, até quando?
E assim, em branco vai a quimera

Inspiração, emoção, vou sufocando
N'alma, sem a doce ventura sincera
Oh! Como este gozo no poetar quisera
Mais suspirar, viver e amar trovando!

Ah! Quão dura é a vera realidade
Desespera, ao encarar a vetustez
Te traz remorso e tira a suavidade

Das paixões que deixei por talvez
Da timidez do olhar na oportunidade
E dos versos quererem só a lucidez!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
28/08/2019, 06'55"
Cerrado goiano
Olavobilaquiando