A flor de setembro Confundi o teu rosto... Joana de Oviedo
A flor de setembro
Confundi o teu rosto
às belas flores de agosto
De setembro, outubro e novembro
Mas seu rosto era a flor de setembro
Flor que murchou sem piedade
Faltando-nos a clorofila nas folhas
E choramos... e nosso choro
Transformou nossos olhos em
Bolhas a bailar pelo ar.
Mas a vida não nos confundiu...
Não eram as bolhas de sabão da nossa infância
Passou-se contigo os risos de criança
E afogamos nas lágrimas sombrias
De nossos dias que se acabam
Feito as bolhas de sabão que se vão
E se desfazem no ar e são elas quase iguais
Às flores de setembro!