ROGO (soneto) Senhor, Senhor, fugaz... Luciano Spagnol - poeta...

ROGO (soneto) Senhor, Senhor, fugaz passa, e outrora Sonhei sonhos sonhados, tive fantasia Como jamais poderia sonhá-lo agora Algum ter que fora, acervo na poes... Frase de Luciano Spagnol - poeta mineiro do cerrado.

ROGO (soneto)

Senhor, Senhor, fugaz passa, e outrora
Sonhei sonhos sonhados, tive fantasia
Como jamais poderia sonhá-lo agora
Algum ter que fora, acervo na poesia

Passou o inverno, primavera e a hora
Passou o verão, também a noite, o dia
E na espera, me perdi no tempo a fora
E na quimera, o querer então persistia

Senhor, o meu poetizar está desnudo
Sem brado, cansado, o coração mudo
E neste vazio torpor, o amor é averso

Nada vem, porém, rude foi o destino
Ele marchou, Senhor, foi com destino
E comigo o desejo do incitador verso

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
07 de outubro, 2017
Cerrado goiano