CÉLERE (soneto) E lá se vai o tempo,... Luciano Spagnol - poeta...
CÉLERE (soneto)
E lá se vai o tempo, portentoso
Onde não vai a lentidão do fado
E de longe, eu distante, saudoso
Envio suspiros daqui do cerrado
Para os teus anos, eu já anoso
A pressa não é, certo ou errado
É tão a sorte no estado zeloso
Rio a baixo no leito apropriado
E, então, pelo espaço untuoso
Desliza cada sonho ali alado
Dando a vida agrado piedoso
Assim, os amores, encantado
Flores dadas, gesto impetuoso
Matizam o gozo ao ser amado
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano